quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Sobre os Guias

 Sobre os Guias
 Aprendendo sobre o seu Guia
Existem basicamente 3 fatores que fazem com que a apresentação do guia varie:

1 – São espíritos diferentes.
2 – Trabalham em Médiuns diferentes.
3 – Trabalham em Terreiros Diferentes.

1 – São espíritos diferentes.
Antes de tudo cada guia que incorpora é único, cada um é um espírito em particular, com seu jeito de agir e pensar. O nome de que se utilizam é apenas um indicativo da forma que trabalham de sua linha e irradiação. Por isso podemos ter vários espíritos trabalhando com o mesmo nome, sem que sejam por isso um só espírito.
É como ser um médico, engenheiro, etc… Todos possuem um conhecimento comum, além do conhecimento individual. E isso faz com que trabalhem de forma diferente, mas seguindo a mesma linha geral. A mesma coisa acontece com nossos guias.

2 – O médium, mesmo os inconscientes interferem animicamente na incorporação.
Entenda-se que não é uma atitude deliberada do médium, mas algo que “vaza” da personalidade do médium na incorporação. Desde que esta interferência não atrapalhe o trabalho do guia, isto é perfeitamente aceitável.

3 – Trabalham em Terreiros Diferentes.
Se um médium continua trabalhando com o mesmo espírito, mas mude para um terreiro em que o ritual seja diferente, também é comum observarmos pequenas mudanças na apresentação e no trabalho do guia, trata-se da adaptação do guia ao novo local de trabalho.

Por isso há muitas variações na apresentação e método de trabalho dos guias. E perguntas como:
Alguém Conhece o Preto-Velho X ?
Como se apresenta o Caboclo Y ?
Informações sobre o Exu Z ?
Além de não atenderem a uma descrição fiel do guia a que quem pergunta se refere, podem aumentar o animismo ou causar insegurança.
Aumentar o animismo: A pessoa lê uma descrição de que o Caboclo Y não fuma charuto, e quando incorpora, fica com aquilo na cabeça, assim mesmo que o Caboclo queira pedir um charuto, pode encontrar dificuldades de romper esta barreira anímica criada pelo médium.
Causar Insegurança: O médium lê que o Exu Z quando incorpora ajoelha no chão, aí pensa, “nossa o que eu incorporo não ajoelha!!!” e começa a se sentir inseguro quanto a manifestação do seu guia, podendo com isso atrapalhar o seu desenvolvimento. 
Resumindo, a melhor forma de conhecer seu guia é através do tempo, do desenvolvimento e do trabalho com ele, assim pouco a pouco você vai se interando de como ele é, como gosta de trabalhar, etc. E vai conhece-lo como ele verdadeiramente é! 

João Luiz
Umbanda por Amor

Apresentação dos Espíritos na Umbanda
PRETO-VELHO: objetiva transmitir sabedoria de vida (experiência) e humildade. A forma encurvada e a fala mansa trazem uma sensação de se estar diante de alguém que já viveu muito e que saberia como consolar ou orientar alguém perdido, que não encontra saída para seus problemas na vida humanizada. Uma das Entidades conhecedoras da Magia da Umbanda, pois de tudo sabe um pouco e sempre tem uma palavra amiga para com os consulentes, digamos que estes “Pais Velhos” sejam o médico, psicólogo e principalmente o educador dentro da Umbanda, ou seja, aquele que transmite aos consulentes, médiuns, pais e mães no Santo a Verdade da Umbanda, que se solidifica em 4 partes, Humildade, Amor, Fé e Caridade, tão simples e tão complexa, para nós simples encarnados, pois assim o é aos Espíritos, que aqui chegam para cumprir sua função cármica. Um dos principais conhecimentos destes Espíritos é a manipulação das ervas, fazendo deles verdadeiros curandeiros do Astral, que divide essa função com os Caboclos. O que mais nos chama atenção nessa Entidade é a humildade que chega ao Terreiro, nos mostrando que através da humildade podemos chegar até o coração de nosso semelhante.

CABOCLO: objetiva transmitir coragem, a confiança necessária para “guerrear”. Daí a necessidade de, quando o médium incorpora um espírito com tal postura, ficar de pé, bater no peito e gritar. Com algumas exceções, a expressão do Caboclo é sempre séria. O espírito quando se utiliza dessa postura transmite a valentia para lutar com a vida, ou seja, para passar com coragem pelas vicissitudes geradas pelo gênero de provas escolhido pelo próprio consulente antes de encarnar. Por isso, o Caboclo não transmite diretamente a sabedoria, mas a coragem que o consulente necessita naquele momento. Entretanto, estes Espíritos são de grande sabedoria dentro da corrente da Umbanda, exímios no lidar com as ervas e com tudo que há na natureza.

CRIANÇA: objetiva transmitir a felicidade incondicional. Disse Jesus: “vinde a mim as criancinhas”, “ninguém entrará no reino dos céus se não for como criança”. Ou seja, só se entra no reino dos céus ou se livra das encarnações no mundo de provas e expiações quem aprende a ser feliz incondicionalmente. Quem passa pelas vicissitudes da vida humanizada feliz, ou seja, não vive as angústias e as dores do seu personagem, está pronto para habitar os mundos regenerados. É por isso que mesmo o espírito que se manifesta como uma Criança emburrada no trabalho mediúnico estimula alegria no consulente. Poucos são os consulentes que acreditam na Magia desses “pequeninos”, são Espíritos de grande Luz, Amor, Humildade, atente como estes brincam de trabalhar, pois toda a alegria e diversão é transformada em fluidos que alegram nossos espíritos ignorantes.

EXU: e o temido Exu? O que significa essa postura? O Exu representa o próprio ser humanizado (egoísta, interesseiro, orgulhoso etc.) A postura Exu é a sombra do próprio consulente. E por que essa postura causa medo? Porque é como se estivéssemos diante do espelho, vendo o que somos, essencialmente.
Gostamos de falar do argueiro no olho do outro, mas nunca observamos a trave que carregamos no olho. O Exu, com sua linguagem direta e forma de se manifestar, nos mostra quem realmente somos. Mas na lida com estes Espíritos podemos perceber o seu grande mistério, pois nos testam sempre a nossa índole e nossa compreensão da vida e principalmente do Amor ao próximo, Exu nos deixa aludir ser como nós, alude ter nossas manias e nossas faltas, mas estes Espíritos estão acima destes vícios humanos, este é um dos espíritos mais procurados dentro de um Terreiro de Umbanda, por compreender as nossas faltas, transformando-as em vitórias em tempos vindouros, estes trabalham dentro de nossa verdade, com a intenção de transforma-la na verdade do PAI.

Toda forma de apresentação de determinada Linha ou falange da Umbanda sempre haverá uma conotação que nos leva a acreditar que existe Fundamentos para a mesma existir, engana-se quem acha Exu mais poderoso que Preto Velho, Criança mais poderosa que Caboclo, todos são poderosos dentro de sua Linha de Trabalho, todos tem o conhecimento das demais Falanges, muitos de nós nos enganamos quando negamos falar sobre determinado assunto com o Caboclo, pois em nossa ignorância costumeira acreditamos que estes não são capazes de resolverem determinado assunto.
Entendam que todos aqui estão pela vontade do Pai e todos aqui estão para nos direcionar em nosso caminho rumo ao Criador, com formas e rituais diferentes, mas na mesma intenção, ou seja, que sejamos mais humildes, tenhamos mais amor ao próximo, que tenhamos mais Fé e principalmente, na União de todas essas que sejamos mais CARIDOSOS, para conosco e para com nosso semelhante.

Cada entidade com suas maneiras, cada casa com suas regras.
Muitas entidades têm maneiras bem particulares de agir. Caboclos são normalmente muito firmes, alguns são até rudes, falam normalmente com dificuldade, têm movimentos rápidos para andar e até dançar. Suas consultas são normalmente acompanhadas de baforadas vigorosas da fumaça de seus charutos e abraços também vigorosos, embora também podemos encontrar Caboclos manifestado em outro médium tendo atitudes bem diferentes. Tais diferenças podem ocorrer em virtude de que, apesar de algumas entidades terem o mesmo nome, não serem exatamente a mesma manifestação, assim como também pode acontecer tal diferença, em função da doutrina da casa ou até dos caracteres pessoais diferentes em cada médium. Devemos entender que o guia utiliza a ferramenta matéria, ou seja, o corpo do médium para sua manifestação e não representaria para a Entidade, ser mais ou menos capaz, o fato dela vir a modificar de alguma forma a maneira de agir ou reagir do filho.
Os Pretos-Velhos via de regra, são bem tranqüilos, a maioria trabalha sentado num banquinho pitando calmamente seus cachimbos e tomando seus cuités de vinho, apresentando aquele ar de saudade característicos dos velhos, ainda que suas lembranças passadas, sem sombra de dúvidas, não traria saudades a ninguém.
Exus e Pombas-Giras costumam ser debochados, alguns falam palavrões, gostam de dançar e de brincar com os frequentadores. Alguns são galanteadores, outros procuram mostrar uma cultura acima do normal e uma esmerada educação. Essas características ainda que marcantes e costumazes não podem ser consideradas como regra e qualquer diferença não pode ser simplesmente considerado como exceção.
Entidades espirituais e matéria devem formar uma simbiose perfeita no trato da espiritualidade no sentido de dirigi-la ao necessitado. Costumo dizer que religião é coração, é simpatia, é amor. E sendo assim, nada melhor que o coração para nos guiar neste terreno. Entretanto, é sempre bom que se mantenha a razão também bem experta, pois, infelizmente, há muitos que se utilizam das fraquezas humanas e das dificuldades espirituais dos filhos e frequentadores para interesses pessoais, quando não excusos.
Sempre que formos a um centro devemos ir com a alma limpa, com a vontade no mais alto grau de doação, com os sentimentos puros e a vontade de acreditar. Muitas vezes, dentro das características citadas acima, podemos ver algumas um pouco mais exarcebadas. Um Exu falando um pouco mais alto, as vezes demonstrando um estado etílico grave. Um Caboclo menos viril que de costume, talvez até delicado demais no trato com algum filho, ou qualquer outra percepção que a princípio possa parecer um erro. Antes de decisões precipitadas procure observar bastante, conversar com os consulentes e filhos da casa, enfim, com as pessoas que costumam conviver com aquelas entidades ou com os médiuns que as manifestam para ter exata certeza dos fatos. Se depois de toda essa análise confirmar deslize de conduta ou qualquer ato desmerecedor de sua confiança, não tenha medo de afastar-se.
Lembre-se no entanto que educação e elegância tem lugar em qualquer ambiente.
Tenhamos também sempre em alta a concepção de que nossos sentimentos e análises também podem incorrer em erro e toda porta que ao sairmos deixamos aberta, amanhã, em caso de necessidade ou reconhecimento de equivocos, poderá ser transposta novamente sem problemas. 

por AEXCSC
banner
Anterior
Proxima

0 comentários: