domingo, 11 de julho de 2010

A nossa vida

Como umbandistas verdadeiros, umbandistas de coração, conscientes do que é a Umbanda, de qual a sua missão e a sua proposta, sabemos que sempre existirão pedras em nossos caminhos que sempre existirão espíritos inconformados com nossos trabalhos de socorro.

Sabemos que essa, como aliás todas as missões do bem cuja proposta é verdadeira, são sempre alvos de ataques seja por parte de encarnados ou desencarnados. Isso independe mesmo de religião ou não, depende simplesmente de ser o certo, o bem, a Lei em ação, para que incomode os que pretendem o caos, a desunião e a dor.

Cabe-nos como seres já beneficiados pela consciência da Luz, embora pequenos aprendizes, dar o nosso melhor e resistir aos tropeços do caminho, resistir à tentação de “chutar o balde” e deixar que cada um se vire, à tentação de nos desgostarmos e desiludirmos à tal ponto com o ser humano que acabemos desistindo de nossas missões por parecerem impossíveis. Como trabalhadores da Luz, discípulos da espiritualidade, instrumentos do Amor Divino, seremos sempre alvo das trevas, da ignorância e dos mal-entendidos. Cabe a cada um a resistência interior e o socorro ao irmão que balança em suas convicções por estar cansado das traiçoeiras armadilhas das trevas e da própria humanidade.

Possamos juntos apoiando-nos reciprocamente todo o tempo criar uma barreira tão forte de resistência que as trevas e suas hostes não a possam ultrapassar. Essa é uma luta diária, que deve ser travada minuto a minuto dentro de nós mesmos contra nossos próprios defeitos, contra nossas próprias imperfeições, nossas baixas de vibração que criam brechas para a entrada de energias perversas e destrutivas.

Como seres conscientes nossa responsabilidade se torna cada vez maior e nosso dever de resistir e lutar, orar e vigiar cada vez mais intenso. Peçamos todos juntos ao Pai que nos dê a força, a sabedoria e flexibilidade, para que sejamos iguais ao bambu que se flexiona para não quebrar, mas passada a ventania retorna ao seu lugar de origem mais forte.

Nossa união é o que nos dará força, mas só será verdadeira e real quando deixarmos de lado nosso orgulho, nossa pretensão de saber mais e ser mais certo que o outro e compreendermos que a cada um conforme sua capacidade de trabalho e compreensão, porque o Pai não nos dá mais ou menos do que temos habilidade e capacidade de cumprir e jamais nos desampara, ao contrário, somos nós que tantas vezes o abandonamos, nos perdemos de seus caminhos, para onde uma hora ou outra Ele sempre dá um jeito de nos fazer retornar.
Cristina Zecchinelli
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