quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

IANSÃ

Que grande tempestade ai vem,
soprando um vento tão forte.
Rasgando faiscas no céu,levando tudo, não poupa ninguém.
Eu fico, não tenho medo da morte,
sou filho da senhora com véu,
mamã Iansã, minha mãe.

Minha mãe, dona do vento e do raio,
eu seu filho, lhe presto homenagem.
Olhai para mim que chamo seu nome,
olhai para mim que sou seu catraio.

Olhai meus irmãos nesta viagem,
ajudai meus irmãos que tem fome,
e todo aquele que não vê, guiai-o.

A justiça é feita com sua espada,
papá Xangô é quem tem a balança,
e com pai Ogum olhais pela lei.

E em todo o final de uma estrada errada,
estará minha mãe que o mal amansa.

Com todo o poder, justiça fazei,p
ois quem foi por ai, mereçe ter paga.

Ramiro de Kali
Orixás em poesia.
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