quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Ibeji

IBEJI
 
A linha de Ibeji, ou Cosme e Damião é formada por espíritos ou almas de crianças que morreram quando ainda muito pequenas. Apesar disso, podemos também encontrar em seu meio, espíritos adultos e magos de grande poder, apresentando-se com exteriorização infantil. A despeito de se manifestarem como crianças. barulhentas e pedinchonas, são os que possuem maior força para dominar a magia.
Vêm ao terreiro recordar a infância e fazem toda sorte de traquinagens. Brincando e rindo, efetuam maravilhosos trabalhos de descarga fluídica, afastando obsessores e espíritos involuídos que estejam prejudicando alguém. Descem nos terreiros simbolizando a pureza, a inocência e a singeleza. Seus trabalhos se resumem em brincadeiras e divertimentos. Podem-se-lhes pedir ajuda para os nossos filhos, resolução de problemas, fazer confidências, curas, mas nunca deve-se pedir para o mal, pois eles não atendem a pedidos dessa natureza. Um trabalho feito por uma criança da linha de Cosme e Damião, somente uma criança dessa linha poderá desmanchar.
Quando baixam, são usados flores, velas, brinquedos e guloseimas.
Sua Guia: As guias a eles referentes são, geralmente, feitas com contas azul, branca e rosa.
Sua Bebida: Gostam de beber refrigerantes, refrescos, água com açúcar.
Sua Comida: Bolos confeitados, balas, chocolates, pirulitos, maria-mole, etc.
Velas: azul clara, rosa e branca
Número: 2
Dia da semana: domingo
Saudação: A mim Ibejada!
Local para entregas: jardins e praças floridas

Yori / Ibeji / Cosme e Damião / "Erê" 
* * *
Esclarecimento do termo Yori:
O termo YORI foi um dos raros termos sagrados que se manteve sem nenhuma alteração. O que aconteceu é que este termo foi completamente esquecido e postergado. Mesmo os vários povos que foram conhecedores da Proto-Síntese Relígio-Científica, dentre eles os africanos, não guardaram o termo YORI, o qual representa uma POTESTADE CÓSMICA ou Orixa Ancestral. Esse termo sagrado, assim como YORI, era de pleno conhecimento da pura Raça Vermelha, só se apagando do mental do Ser humano após a catástrofe da Atlântida. Ele ressurgiu através do Movimento Umbandista, em sua mais alta pureza e expressão. Traduzindo este vocábulo segundo a Coroa da Palavra, através do alfabeto Adâmico, teríamos:
YORI: A POTÊNCIA EM AÇÃO PELO VERBO, A POTÊNCIA ESPLENDOROSA, O PURO, O REINADO DA PUREZA e A POTÊNCIA DOS PUROS.
Traduzindo silabicamente teríamos:
YO ou Y: A POTÊNCIA DIVINA MANIFESTANDO-SE; PRINCÍPIO;
RI: SER REI; REINAR; ILUMINADO;
ORI: LUZ; EXPLENDOR; PODEROSO.
YORI portanto traduz: A Potência Divina Manifestando-se; 
A Potência dos Puros.
* * *

A maioria das Entidades que se apresentam na Umbanda usando a roupagem fluídica de Crianças são Seres Espirituais mestres nos conceitos do Bem e do Puro.
Em verdade, esses Espíritos muito contribuem através de sua pureza espiritual para a elevação moral do terráqueo e na Umbanda ensinam os Filhos de Fé que a única forma de se levar vantagem é sendo puro, como é a criança. São verdadeiros Magos da Pureza, conquista de milhares de anos.
Assim, Filho de Fé, procure um médium de verdade, que esteja mediunizado com uma criança e entenderá, embora de forma pura e singela as profundas e sábias mensagens desses verdadeiros SÁBIOS – SENHORES DA PUREZA CÓSMICA.
Ensina-nos o caminho a percorrer, refletindo toda a Luz-Evolução em forma de Pureza, que sem dúvida trará a tão buscada paz interior.
O velho aforismo de terreiro é válido, quando se diz:- “O que os Filhos das Trevas fazem, qualquer criança desfaz. O que a criança faz (no sentido do Bem, é claro) ninguém desfaz ou interfere.”
São Orixas que manipulam com sabedoria as forças mais sutis da Natureza, sempre visando neutralizar os efeitos deletérios causados por quiumbas e afins. Essas Entidades Espirituais infelizmente são pouco conhecidas pela maior parte dos Filhos de Fé, que só querem vê-las como crianças peraltas ou submissas... Esperemos; logo a pois a noite, virá o dia, com certeza. Aguardemos o clarear dos entendimentos, mas trabalhemos enquanto esperamos.
Não obstante não serem evocados e nem seus energias serem usadas pelos melhores Filhos de Fé, o trabalho de suas Entidades é incansável, tendo energias inesgotáveis como uma criança e sabedoria como a de um ancião, atuando por cima no Astral Superior, descendo vez por outra, quando encontram ressonância vibratória ambiental ou mediúnica. Assim atua na atualidade a possante "Corrente da Crianças"...
Estes Espíritos quando encontram Filhos de Fé de boa vontade e limpos de Alma, "baixam" nos terreiros do Movimento Umbandista transmitindo mensagens confortadoras e esperançosas para todos os Filhos de Fé, que ficam possuídos de uma misteriosa alegria interior. É a Magia dos Puros, agindo suave mas certeiramente.
As Entidades no grau de Guias "baixam" e procuram logo incrementar a higienização mentopsíquica dos médiuns e de todos que se encontram debaixo de suas vibrações; falam de maneira descontraída, aparentemente infantil, mas numa profunda ação psicológica, só conseguida por quem seja uma criança milenar. Dessa forma se fazem entender, e o seu trabalho de espiritualização, qual seja a pureza de intenções e ideais, de forma muito oportuna, é lançado aos Filhos de Fé.
Além dessa ação psicológica sobre a grande massa de crentes umbandistas as Entidades no grau de Protetores atuam até sacrificialmente, embora o façam espontaneamente e por amor à grande massa umbandistas, de forma a parecerem verdadeiras crianças, embora bem-comportadas e não, como muitos querem transformá-las, em crianças-problema, ou quando não, crianças “debilóides”.
Embora respeitemos os vários níveis de alcance mediúnico, urge que esclareçamos aqueles que, usando e abusando do dom “consciente”, querem colocar a “criança traquinas interior” para fora, impedindo e bloqueando a atuação, mesmo que parcial, das verdadeira crianças do astral.
Assim, os Protetores se misturam com os Filhos de Fé, e os apreciam enquanto eles comem doces, balas, tomam refrigerantes, etc., na expectativa de que amanhã eles amadureçam e "ajam como adultos" quando evocarem as Crianças.
No aspecto positivo, essas Entidades no grau de Protetores manipulam com destreza e maestria as forças da mente e do coração de muitos Filhos de Fé, como também neutralizam verdadeiras demandas proveniente do submundo astral e repulsam com veemência certas Entidades viciadas, provenientes das Zonas Subcrostais, as quais querem vampirizar e robotizar, por meio da cruel subjugação, muitos Filhos de Fé.
As Crianças atuam também coordenando a atividade dos Exus Guardiões ou Exus de Lei no combate incessante contra os Magos Negros das regiões interiores do planeta. Vez por outra, descem a essas regiões em busca de resgates para o reencarne de certas criaturas decaídas e orgulhosas, mas já vencidas, as quais são internadas nas reencarnações. Se descem, também sobem. É como aquele que desce para depois subir mais. Assim trabalham também no reencarne, em seus aspectos teóricos-morais.
Portanto, Salve YORI-ANAUAM YO-RI... O-RI-XÁ... DA PUREZA CÓSMICA.
Estes Protetores, sentam-se no chão e sutilmente dão suas mensagens, embora no meio de bolos, doces e outras guloseimas. Sua preces cantadas e mesmo seus mantras são verdadeiro conclames às coisas do amor, do belo e do puro, em ritmos alegres mas suaves, de profunda harmonia musical.
BEIJADA: Nome dado no Brasil, às entidades que se apresentam sob a forma de crianças. São, conforme a crença geral, nos cultos afro-brasileiros e na Umbanda, as falanges dos Orixás gêmeos africanos IBEJI.
BEIJIS - IBEJI : (ib: "nascer"; eji: "dois") Orixás gêmeos africanos que correspondem, no sincretismo afro-brasileiro, aos santos católicos Cosme e Damião. Ibeji na nação Keto, ou Vunji nas nações Angola e Congo.
DOIS DOIS: Nome pela qual são designados os santos católicos Crispim e Crispiniano; também são assim designados os santos Cosme e Damião, os Orixá africano IBEJI e as falange das crianças na Umbanda.
ERÉ: vem do yorubá iré que significa “brincadeira, divertimento”.Existe uma confusão latente entre o Orixá Ibeji e os Erês. É evidente que há uma relação, mas não se trata da mesma entidade. Ibeji, são divindades gêmeas, sendo costumeiramente sincretizadas aos santos gêmeos católicos Cosme e Damião. Erês, Crianças, Ibejada, Dois-Dois, são Guias ou entidades de caráter infantil que incorporam na Umbanda.
Os erês são entidades puras e que nos ajudam de forma única e especialmente doce. Os filhos de Ogum, como também são conhecidos, tem a presença mais alegre da Umbanda, trazendo sempre renovações e esperança, reforçando a natureza pura e ingênua dos seres humanos. É a linha que mais cativa as pessoas, pelo ar inocente que traz na face do médium. Por sua natureza pura e pelos patronos a linha de Cosme e Damião também traz a cura para os males do corpo e do espírito, além de darem proteção e benção extra as crianças. Sua energia é transbordante de vitalidade e alegria, sendo capaz de derramar as maiores bênçãos de harmonia cotidiana.
A festa de São Cosme, Damião e Doun, tem duração de um mês, iniciando a 27 de setembro (Cosme e Damião) e terminando a 25 de outubro (Crispim e Crispiniano).
Nos Terreiros de Um­banda, a festa é muito bonita, há distribuição de balas, doces e guaraná para as crianças, os médiuns incorporam as crianças espirituais com a exteriorização atitudes infantis como o apego a brinquedos, bonecas, chupetas, carrinhos e bolas. Mas infelizmente e erroneamente, muitos interpretam a "gira de criança" como uma diversão, afinal normalmente elas são realizadas somente em dias festivos como também, muitas vezes não consigamos conter os risos diante das palavras e atitudes das queridas crianças, momentos únicos de alegria e descontração que os Guias Espirituais, as crianças, aproveitam para nos curar de nossas amarguras. Ainda há muita deturpação com relação às falanges de crianças na Umbanda, onde acredita-se que são espíritos de crianças que morreram prematuramente, o que na verdade, as "crianças" são espíritos elevadíssimos que trabalham na falange de Yori e "simplesmente" se adaptam suas formas espirituais às formas astrais de crianças, assim de forma doce, ingênua e com muita alegria esses Espíritos de Luz conseguem nos envolver intimamente e desagregar energias densas enraizadas em nosso campo aurico que nos deixa cada vez mais doente de corpo e de alma.
No dia 27 de setembro, dê uma pausa para a reflexão. Seu comportamento tem sido como das crianças espirituais da Umbanda? Você tem sido alegre, bem humorado e puro de coração? Ou pelo menos exercita o aprimoramento de viver sempre com alegria e esperança? Reflita sobre a sua missão.
Nesse dia especial, faça uma promessa para si mesmo; seu lado infantil e puro não deve morrer! Deve renascer em bondade, amor por todos os seres e gratidão pela vida. Se for a uma festa de Cosme e Damião no terreiro de Umbanda, leve para casa, além dos doces e bolos, o exemplo de alegria e pureza da sublime falange de Yori!
Salve as Crianças! Salve os Erês! Salve Cosme e Damião! Salve Oni beijada!

A MAGIA DA CRIANÇA
O elemento e força da natureza correspondente a Ibeji são "TODOS", pois ele poderá, de acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos. Eles manipulam as energias elementais e são portadores naturais de poderes só encontrados nos próprios Orixás que os regem.Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade, dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa.
Atuam em qualquer tipo de trabalho, mas, são mais procurados para os casos de família e gravidez. A linha das Crianças é uma das poucas falanges que consegue dominar a magia. Embora as crianças brinquem, dancem e cantem, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem espíritos de extraordinários conhecimentos. Imaginem uma criança com menos de sete anos possuir a experiência e a vivência de um homem velho e ainda gozar a imunidade própria dos inocentes. A entidade conhecida na umbanda por erê é assim. Faz tipo de criança, pedindo como material de trabalho chupetas, bonecas, bolinhas de gude, doces, balas e as famosas águas de bolinhas -o refrigerante e trata a todos como tio e vô. Os erês são, via de regra, responsáveis pela limpeza espiritual do terreiro.
As preces dirigidas às "Crianças da Umbanda", são prontamente atendidas, afinal, são dotadas de intenso poder mágico e vibração que só espíritos de grande luz possuem.
Uma curiosidade: Cosme e Da­mião foram os primeiros santos a terem uma igreja no Brasil. Ela foi cons­truída em Igarassu, Pernam­buco, e ainda existe.

Matéria extraída JUCA – Jornal de Umbanda Carismática, edição 13 setembro 2007 


 Lendas e Histórias Cosme e Damião

 
 Numa festa de Cosme e Damião...
Todos os médiuns daquela Casa de Umbanda aguardavam ansiosos o dia 27 de setembro de cada ano, quando acontecia a festa chamada de "Cosme e Damião". Enfeitavam todo o terreiro com bandeirolas e balões coloridos, compravam muitos doces e refrigerantes para "agradar" as crianças. Deveria ser um dia de festa onde a aparente inocência dos espíritos que ali baixariam, aliado a tradicional alegria que eles conseguiam passar, trouxesse alento a todos os consulentes.
Após a abertura da sessão, através de cantos alegres, iniciaram as incorporações. Alguns médiuns, mesmo agindo como crianças, demonstravam o equilíbrio e firmeza de sua mediunidade, sem fazer nenhum estardalhaço. Para outros, no entanto era hora de extrapolar, colocando para fora a criança mal resolvida que guardava dentro de si. Um deles, o médium mais antigo da casa, em verdadeira algazarra, corria pelo chão qual criança engatinhando e literalmente agredindo alguns médiuns incorporados. Puxava o cabelo de um, beliscava outro, até que chegou ao alvo, ou seja, o médium com quem desejava um acerto de contas, por conta de sua vaidade. Como energias iguais se afinizam e as contrárias se repelem, ele não encontrou resposta às suas agressões mesmo tendo lançado mão de brincadeiras de mau gosto.
No lado espiritual, o protetor da linha de Ibeji que deveria ter trabalhado com aquele médium, e que por falta de afinidade vibratória não o fez, buscava auxílio junto a um dos Exus que realizava a guarnição da Casa, para que se pudesse acomodar o indisciplinado trabalhador. Se não queria ajudar, pelo menos não interferisse na tarefa dos outros. Imediatamente foi dado pelo guia chefe, a ordem para que se efetuasse algo priorizando o atendimento que visava a caridade e que não poderia ser prejudicada pela má conduta de apenas um membro da corrente.
Na tentativa de bagunçar ou chamar a atenção, o suposto "cosminho" acabou escorregando o que resultou numa torção em seu braço. Imediatamente terminou a brincadeira e ele "desincorporou".
Ao final do atendimento, após as "crianças" desligar-se dos aparelhos mediúnicos, manifestou-se como de costume, uma preta velha para aconselhamento da corrente e análise do trabalho da noite. Desta vez a escolhida pelo guia chefe foi uma das médiuns mais jovens da casa, um tanto inexperiente, mas séria e estudiosa:
a.. Saravá! Que Nosso Senhor Jesus Cristo abençoe a todos.
Preta velha que ficou sentadinha no seu toco, observava atenta e muito contente o trabalho dos filhos junto às entidades, no préstimo da caridade. Como preta velha pertence ao mundo dos mortos, enxerga os dois lados e para quem está deste lado, é fácil identificar com que sentimento os médiuns se entregam ao trabalho. Para que saibam como isso se dá, saibam que "todos os nossos sentimentos possuem cor e som".
Não é porque a sessão era das crianças, que as outras entidades atuantes na casa não estavam aqui a postos, coordenando tudo. Entre as entidades espirituais que escolheram trabalhar na Umbanda, existe uma sincronia de vibrações onde todos se comportam como participantes de uma orquestra. Da mesma forma se espera que funcione no lado material onde os médiuns da corrente formam um conjunto e qualquer instrumento que desafinar, prejudica de alguma forma o concerto.
A energia condizente a estes espíritos que se apresentam na forma de crianças, tem um grande poder de ação. São conselheiros e curadores, trabalhando com a magia dos elementos. Por se apresentarem alegres e brincalhões, não quer dizer que não possam ser levados a sério. Pelo contrário, atuam dando consultas e como as crianças, são sinceros e não omitem àquilo que as pessoas trazem escondido na alma. Só a forma de apresentação é de criança, além do que, atuando no centro de força laríngeo, afinam e suavizam a voz do médium, dando a ela uma conotação infantil.
Todo o resto que se fizer em nome destas entidades, fica por conta do medianeiro e de sua criatividade. Por isso meus filhos, preta velha pede humildemente a todos os filhos, que procurem trabalhar a criança existente em cada um de vós, fazendo como elas fazem, ou seja, não armazenem mágoas na alma. Criança ao se zangar choraminga na hora, mas em pouco tempo está sorrindo novamente e esqueceu tudo. Criança não faz inimizades porque não aprendeu ainda a sentir raiva e faz tudo com alegria. Diante do Grande Pai, somos todas crianças, por isso precisamos aprender a ter coração de criança também. E tendo o pai que temos, de maneira nenhuma podemos ser mal criados, não é mesmo?
E assim despediu-se, deixando a todos pensativos:
Ao dirigente da casa coube se impor mais, cortando as arestas dos médiuns sem se importar com o tempo que ali estavam, pois existem crianças que demoram mais para crescer. Era preciso educar, mesmo que fosse como fez o Exu, puxando a orelha ou o tapete quando necessário.
Ao médium indisciplinado, enquanto curava o braço e lembrava o motivo da dor, talvez pudesse repensar sobre seus sentimentos e tentar fazer renascer a pureza da criança adormecida que todos guardamos em algum lugar.
À corrente mediúnica, caberia tentar afinar bem, cada qual o seu instrumento, para que a orquestra do plano físico pudesse se harmonizar tanto quanto a do plano espiritual.
Leni W.Saviscki

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