quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Oxala

OXALÁ
 
Orixá masculino de origem iorubá (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma ser considerado a divindade mais importante do panteão africano. Na África é cultuado com o nome de Obatalá. Quando, porém, os negros vieram para cá, como mão-de-obra escrava na agricultura, trouxeram consigo, além do nome do Orixá, uma outra forma de a ele se referirem, Orixalá, que significa Orixá dos Orixás. Numa versão contraída, o nome que se acabou popularizando é Oxalá.
Oxalá é o único Orixá na Umbanda que não é reverenciado com danças. Durante os cânticos, toda a assistência fica de pé, e no Terreiro, os médiuns cantam os pontos dedicados ao Orixá com profundo sentimento de veneração àquele que é o paradigma do Amor e da Sabedoria.
Os cânticos são serenos, mansos, e ternos, contam histórias onde há sofrimento, misericórdia e perdão. Falam da grandeza de Olorun ou Zambi e também das estrelas, dos montes, das flores e até das vicissitudes da vida de Jesus.
Oxalá, vertido da energia em vida, inefável, infinito, atemporal, expressa-se em Amor e Sabedoria. O Mestre Jesus, cuja imagem se encontra entronizada nos congás de todos os Templos de Umbanda, é visto pelos umbandistas como um dileto filho do Orixá. Sua virtuosa exemplificação de vida em prol dos semelhantes atenta, plenamente, um estado de ser cósmico e real.
Oxalá empresta à natureza dos seus fiéis que o tenham como “Orixá de frente” ou “de cabeça”, (ocorrendo somente no Candomblé) as suas vibrações e esforço próprio, sentimentos de altivez, desapego, dignidade, recato, perfeccionismo e certo mutismo. São ordeiros, um tanto temperamentais e difíceis na convivência social, talvez por pressentirem o quanto de ilegal existe na sociedade humana, com falhas, hipocrisia, ambições e falsidade. Gostam de cores claras e são exageradamente limpos de corpo e no ambiente onde vivem. Generosos, prudentes, humanitários, trazem o senso de unidade. Seus defeitos - e aí entram, como em outros casos, as tendências negativas da natureza humana, e, não do Orixá - são o sentimentalismo, intransigência, hábito de tudo reparar, injustiça e abandono.

Sincretismo: Jesus Cristo
Sua Guia: Suas guias são feitas com contas brancas leitosas (de porcelana)
Sua Bebida: Água, leite, vinho
Sua Comida: acaçá de arroz com mel, milho branco, maçãs, pêras, uvas brancas, pão.
Suas ervas: Tapete de Oxalá (boldo), algodão, arnica da horta, alecrim, folhas e ramos de palmeiras, folhas de laranjeira, hortelã, erva cidreira, rama de leite, malva branca, saião branco, folha da costa, rosa branca, louro, manjerona, manacá, macaça, erva doce;
Vela: Branca
Símbolo: O sol radiante ou o cume de um monte.
Data da comemoração: 25 de dezembro.
Dia da Semana: Domingo
Número: 8 e 16
Flores: Rosas, palmas e cravos brancos
Saudação: Oxalá ê meu pai!; ou Epa Babá! - sendo uma exclamação de respeito, reverência e admiração pela honrosa presença.
Local para entregas: campos

Oxalá é a criação, o começo do mundo, o princípio de tudo.
O criador dos orixás, dos seres humanos, da natureza. Foi ele quem permitiu a todos os orixás escolherem seus domínios e seus filhos quando estes nascem.


Oxalá, o mais importante e elevado dos deuses iorubanos. Representa o céu, o princípio de tudo, e foi encarregado de criar o mundo.
De sua união com Iemanjá resultou o nascimento da maioria dos orixás. É o pai da brancura, da paz, da união, da fraternidade entre os povos da terra e do universo. É considerado o fim pacífico de todos os seres.
Oxalá é orixá que vai determinar o fim da vida, o fim com a certeza do dever cumprido.
Nas rodas de Candomblé, Exu inicia e Oxalá termina os Xirês.
Oxalá é alheio a toda violência, disputas, brigas, gosta de ordem, da limpeza, da pureza.
É o orixá mais velho.

Oxalá - Jesus Cristo
Orixá maior da Umbanda, Ele é a própria Umbanda em sua magnitude, sua cor é o branco, representando a paz, o amor, a bondade, a limpeza, a pureza espiritual, enfim, tudo aquilo que possa indicar positividade. Os domínios de Oxalá são todas as pessoas e todos os lugares. Seu reino é o nosso mundo.
Jesus Cristo é o chefe supremo da Umbanda, sincretizado a Oxalá, para Ele convergem todas as outras linhas da Umbanda e de seus trabalhadores. Todos os espíritos que trabalham na Umbanda tem por Jesus Cristo enorme devoção e aos ensinamentos de seu Evangelho seguem fervorosamente, transmitindo-os sempre a todos que a seus ensinamentos não conhecem.
O sincretismo Oxalá – Jesus Cristo é perfeito, pode-se dizer que ambos são o mesmo ser com nomes diferentes. Dentro de uma análise lógica, não podemos dizer que ambos são o mesmo ser, já que dentro dessa lógica, um Orixá é um ser espiritual que nunca encarnou na Terra e Jesus esteve entre nós a dois mil anos. Isso, no entanto não nos importa, importa apenas que o sincretismo perfeito de ambos, impera dentro de nossos templos.
Não importa como os chamamos, se de Jesus Cristo ou de Oxalá. De Oxalá conhecemos muito pouco; de Jesus, no entanto, conhecemos a sua vida e a sua obra. A Ele devemos obediência e obrigação de aprender com os ensinamentos de seu Evangelho e acima de tudo, de praticarmos esses ensinamentos. Jesus ama a todos nós, bons ou maus, justos ou injustos, ricos ou pobres, brancos ou negros, homens ou mulheres.
Todos os Orixás da Umbanda seguem a Oxalá, pregam a sua doutrina e seus ensinamentos. Todos os espíritos seguidores de Jesus Cristo, trabalhadores ou não na Umbanda, lutam contra as forças do mal, anulando trabalhos de magia negativa ou outros tipos de maldade, gerados ou não por feitiços. Esses seguidores intrometem-se nos lugares aonde o mal é praticado e anulam ou minoram os efeitos desses trabalhos do mal e prosseguem na incansável luta contra essas forças, pregando sempre a fé em Deus, a caridade, o amor ao próximo e a fraternidade.
A forma de cultuar Oxalá na Umbanda, hoje é totalmente deturpada pela grande maioria dos terreiros. Esse fato deve-se a busca de conhecimentos de alguns chefes de terreiro do passado, que foram buscar no Candomblé os conhecimentos necessários para conduta de um terreiro, implantando na Umbanda, rituais e dogmas que nada tem em comum com as nossas práticas. O importante é saber que a maior forma de agradar Oxalá são as orações e a boa conduta dos homens e que a irradiação de Oxalá ultrapassa qualquer culto a qualquer Orixá.
 
Oxalá é o Orixá maior de Umbanda.
Dessa vibração suprema se originam todas as outras e ela está presente em todos nós e em todas as vibrações. Está sincretizada em Jesus Cristo, o homem que por sua perfeição e conduta conseguiu alcançá-la e sintonizá-la.
A vibração de Oxalá habita em cada um de nós, porém velada pela nossa imperfeição, pelo nosso grau de evolução. É o Cristo interior, e, ao mesmo tempo, cósmico e universal; O que jamais deixou sem resposta ou sem consolo um só coração humano, cujo apelo chegasse até Ele; O que procura, no seio da humanidade, homens capazes de ouvir a voz da sabedoria e que possam responder-Lhe, quando pedir mensageiros para transmitir ao Seu rebanho: "Estou aqui; enviai-Me".
Não há incorporação de Oxalá na Umbanda.
Sua ação se manifesta através da fé, da luz, da razão e da paz. Simboliza riqueza, felicidade e fecundidade.
O Orixá mais conhecido e respeitado de todos, e reconhecido por todas as nações e cultos. Sua cor é o Branco, o símbolo tradicional da pureza e da transparência, pois reflete a originalidade do que é, nada fica encoberto, pois nada há para se esconder. Responsável, segundo a mitologia Iorubana, pela CRIAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DO MUNDO, considerado o pai de todos os Orixás, pois possibilitou através de sua criação a vinda dos demais, portanto contém todas as linhas e todas as freqüências de trabalho, é considerado como responsável pelos seres humanos, mostrando-se paternal, calmo nos momentos mais difíceis, com uma dignidade distante, portador da PAZ, da TRANQÜILIDADE.
Oxalá dentro do seu papel, é único.
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