quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Oxum

 OXUM
 
Oxum é Orixá das água doces, dos rios, regatos e igarapés.
Acolhe, no seu regaço, as chuvas de Nanã e também os veios d’água das profundezas do subsolo. É o orixá da mansidão, da maternidade, da cria, dos valores familiares, pugnando, com serenidade, pela concórdia da família universal, enlaçando-a com doçura a verdadeira afeição. “Seus filhos de cabeça” quando afins à sua devoção, são extremamente na devoção religiosa e corretos na vida familiar. É comum dizer-se que Iemanjá alenta a criação e preside a gravidez, mas é Oxum quem concebe e é a criadeira.
Seus devotos possuem um alto espírito de religiosidade, de ternura, tolerância e compreensão para com os defeitos alheios. Sacrificam-se pelos filhos até a última instância.
Gostam, perdidamente, de crianças.
No plano mental, a Orixá dá aos seus tutelados uma percepção brilhante dos fatos. São simples, distintos e procuram aliar os vôos do pensamento filosófico ao prático, habitual e, sobretudo, útil a todos. Dão ótimos professores, administradores. Como 2º Orixá de cabeça, Oxum dá a tranquilidade e confiança de êxito principalmente com os Orixás Ogum e Xangô. Ainda no plano mental, esse Orixá imprime a seus filhos uma acuidade de prever acontecimentos.
Sensíveis e resignados, esquecem, com facilidade, as ofensas recebidas procurando, inclusive, reatar laços de amizades já que fazer amigos duradouros é sua tendência natural. Quando ricos, são simples e acolhem os parentes mais pobres ou em dificuldades. Estão sempre à frente nos serviços de filantropia sem procurar aparecer na imagem enganosa de “pessoa boníssima” ou de “bom moço”.
Extremados por um ideal, seguem facilmente os líderes ou causas ideológicas.
Oxum traz o privilégio da faculdade da abundância e até da riqueza, seja no plano físico, nos sentimentos, seja no plano mental das elucubrações originais e proveitosa a todos.
Vamos, agora, tecer considerações sobre as tendências estas, trazidas não só pela via hereditária como também pela envolvência com o ambiente hostil da sociedade consumista e corrupta dos dias atuais. Os filhos de Oxum, em nível negativo, são quase sempre preguiçosos, omissos, desalinhados e choram por nada. Reclamam de coisas de que não cuidaram no devido tempo. Emotivamente exagerada, piegas, sensualismo degradante, fanatismo, obsessão e intolerância.


ALGUMAS ERVAS, FLORES, FRUTOS E BEBIDAS DEDICADOS A OXUM:

Folha de vintém, folha da fortuna, malva, dracena, rama de leite, malva rosa, narciso, flores de tonalidade amarela, lírios de toda espécie, margaridas, flor de maio, amor perfeito, madressilva, quioco, oriri, mutamba, melissa, macaça, ipê amarelo, folha da costa, erva de santa Maria, erva de santa luzia, colônia, camomila, assa peixe, aguapé;Flores de tonalidade amarelo, lírios de toda espécie, margaridas, flor de maio, amor perfeito, madressilva, narciso rosa branco ou bicolor.
Frutas doces em geral, banana prata e ouro, laranja lima, oiti, sapoti, moranga, jabuticaba.
Bebidas doces, ressaltando-se o mel, água de cachoeira, água de coco, suco de suas ervas e frutas.
Perfumes oriundos de suas plantas trazem ao portador um clima de romance, calma e mansidão.
Símbolo: Um coração do qual nasce um rio.
Dia da semana: Sábado
Número: 5
Saudação: Eri ieiê ô Eri ieiê ô - “Salve Senhora da bondade e da benevolência”

Mãe da água doce, Rainha das cachoeiras, deusa da candura e da meiguice, dona do ouro. Oxum é a Rainha de Ijexá. Orixá da prosperidade, da riqueza, ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da mãe.
Oxum exerce uma ampla influência no comportamento dos seres humanos, regendo principalmente o lado teimoso e manhoso, além daquele espírito maquiavélico que existe em todos nos.
Dizem que “ a vingança é um prato que deve ser servido frio” e a articulação da vingança e seus pormenores tem a influência desta força da Natureza. No bom sentido, Oxum é o “veneno” das palavras, é o comportamento piegas das pessoas, é a forma “metida”, esnobe, apresentada, principalmente pelo sexo feminino. Oxum é o cochicho, o segredinho, a fofoca. Geralmente está presente quando um grupo de mulheres se reúne. É o seu habitat, pois está encantada nas conversas, nos risinhos, nos comentários, nas intriguinhas.
Oxum rege o charme, o it, a pose. Tudo que está ligado à sensualidade, à sutileza, ao dengo, tem a regência de Oxum. Esta força é que desenvolve tais sentimentos e comportamentos nos indivíduos, sendo o sexo feminino o mais influenciado.
Oxum também é o flerte, o namoro, a paquera, o carinho. É o amor, puro, real, maduro, solidificado, sensível. Oxum não chega a ser a paixão. Esta é Iansã . Oxum é o amor, aquele verdadeiro. Ela propicia e alimenta este sentimento nos homens, fazendo-os ser mais calmos e românticos.
Realmente, Oxum é a Deusa do Amor. Sua força está presente no dia-a-dia, pois que não ama de verdade? Embora o mundo de hoje esteja tumultuado demais, ainda existe espaço no coração do homens para o amor. Ele ainda existe, e Oxum é quem gera este sentimentos mágico. Aliais, Oxum está muito intimamente ligada à magia. É sabido pelo povo do candomblé que o filhos de Oxum são muito chegados ao feitiço. E isso tem explicação: Oxum é a divindade africana mais ligada às Yámi Oxorongá, feiticeiras, bruxas. Com elas aprendeu a arte da magia. Por isso, os filhos de Oxum são tão poderosos nesta arte.
Mas a magia está presente em quase tudo que fazemos, principalmente no que se refere ao coração, ao sentimento. Oxum é o encanto desses momentos, sua presença se dá nessas horas.
Oxum é os sentimentos doces, equilibrados, maduros, sinceros, honestos. É o sentimento definitivo, aquele que dura a toda a vida. Oxum é a paz no coração, é o saber que “amo e sou amado”.
Mas ele se encanta também na manha, no denguinho feminino, na vontade de ter algo, apenas por ter. Ela é o mimo, a menininha mal acostumada. É a sensualidade do “biquinho” feminino, quando quer uma coisa. É o charme!
Oxum também é a água doce, o olho d’água, onde encanta seu filho Logun-Éde. É a cachoeira, o rio, que também tem a regência de seu filho. É a queda da água da cascata.
Regente do ouro, ela está presente e se encanta em joalherias e outros lugares onde se trabalha com ouro, seu metal predileto e de regência absoluta. É a protetora dos ourives. Oxum é o próprio outro, e está presente em todas as peças e jóias feitas com este metal.
Entretanto, a regência mais fascinante de Oxum é a fecundação, melhor, o processo de fecundação. Na multiplicação da célula mater – que vai gerar a criança, a nova vida no ventre – Exu entrega a regência para Oxum, que vai cuidar do embrião, do feto, até o nascimento. É Oxum que vai evitar o aborto, manter a criança viva e sadia na barriga da mãe. É Oxum que vai reger o crescimento desta nova vida que estará, neste período de gestação, numa bolsa de água – como ela, Oxum, rainha das águas. É sem duvida alguma, uma das regências mais fascinantes, pois é o inicio, a formação da vida. E Oxum “tomará conta” até o nascimento, quando, então, entregará para Yiá Ori (Iemanjá), que dará destino àquela criança.
Como disse antes, Oxum é uma força da Natureza muito presente em nossas vidas, já que todos nós fomos gerados no útero materno; todos nós convivemos, ainda na barriga da mãe, com Oxum e, num breve sentimento de carinho e amor, estaremos desenvolvendo esta força dentro de nós. Oxum é o amor e a capacidade de sentir amor. E se amamos algo ou alguém é porque ela está viva dentro de nós.
 Oxum
Oxum é a Orixá irradiadora do Amor Divino e da Concepção da Vida em todos os sentidos. Como “Mãe da Concepção” ela estimula a união matrimonial. Seu elemento é o Mineral então ela favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância material.
A Orixá Oxum é a Regente do pólo magnético irradiante da linha do Amor e atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.
Oxum assume os mistérios relacionados à concepção de vidas porque o seu elemento mineral atua nos seres estimulando a união e a concepção. Todos devem saber que a água é o melhor condutor das energias minerais e cristalinas. Por esta sua qualidade única, surgem diversos tipos de água, sendo que a água “doce” dos rios é a melhor rede de distribuição de energias minerais que temos na face da Terra. E o mar é o melhor irradiador de energias cristalinas.
Saibam que a energia irradiada pelo mar é cristalina e a energia irradiada pelos rios é mineral. E justamente neste ponto, surgem confusões quando confundem a Orixá Oxum com Yemanjá.
A energia mineral está presente em todos os seres e também em todos os vegetais. E por isto Oxum também está presente na linha do Conhecimento, pois sua energia cria a “atração” entre as células vegetais carregadas de elementos minerais. Já em nível mental, a atuação pelo conhecimento é uma irradiação carregada de essências minerais ou de sentimento típicos de Oxum, a concepção em si mesma.
 

Oxum -  A Deusa das águas doces
A Deusa das águas doces (rios, riachos e cachoeiras), gosta de tudo que é belo. Ela gosta de se enfeitar, especialmente com as cores amarela e dourada. Gosta de ritos em ambientes aquáticos, que incluam homenagens com mel e dinheiro (moedas de cobre). De menina-moça faceira, passando pela mulher irresistível até a senhora protetora, Oxum é dona de uma forte personalidade, que não aceita ser posta em segundo plano. Com seus atributos, ela dribla os obstáculos para satisfazer seus desejos. Da África tribal à sociedade urbana brasileira, a Deusa que dança nos terreiros de espelho em punho para refletir sua beleza estonteante é tão amada quanto a Divina Mãe que concede a valiosa fertilidade e se doa por seus filhos. Por todos seus atributos a belíssima Oxum não poderia ser menos admirada e amada.
Seu símbolo é um seixo polido pelas águas dos rios, pequenos espelhos ou um abano decorado com o desenho de uma sereia. Ela é a Senhora da fertilidade, da gestação e do parto, cuida dos recém-nascidos, lavando-os com suas águas e folhas refrescante. Jovem e bela mãe, mantém suas características de adolescente. Cheia de paixão, busca ardorosamente o prazer.
Oxum é um dos orixás de maior força no Brasil e contradiz as tradições africanas que exaltam mais os poderes dos orixás masculinos. Todos seus filhos são atrativos e têm facilidade para formar famílias unidas. Diplomáticos e cuidadosos, medem muito bem o que falam e evitam os atritos frontais, sempre tratando de seus interesses com cuidado e sutileza. Oxum é o nome de um rio em Oxogbo, região da Nigéria. É ele considerado a morada mítica da Orixá.riooxum


Rio Oxum - África





Oxum - A Deusa da Alegria
Oxum é a deusa do amor, do dinheiro e da felicidade. Ela nos trás todas as coisas boas da vida. É a deusa da água doce e pode ser encontrada sempre onde há água corrente, em rios, lagoas e, especialmente, em cachoeiras.
Oxum é a pura essência da alegria. Todas as lendas sobre Oxum nos ajudam a entender e utilizar esta energia para nos trazer alegria. É a divindade que controla a gestação e o nascimento. Na filosofia africana, onde nossa linhagem sanguínea nos dá a imortalidade, e onde as crianças são consideradas a maior bênção, nada poderia ser mais alegre do que o nascimento de uma criança.
Associa-se, também, com a energia do dinheiro. Existe, no entanto, uma diferença. Na nossa sociedade, onde o dinheiro compra tudo, ele não tem nenhuma relação definida com a felicidade.
A sociedade yorubana vê a energia do dinheiro de uma forma diferente. O dinheiro possibilitava ao homem ter uma boa familia e isso permitiriam a este homem ter muitos filhos. O fato de ter muitos filhos gerava muita alegria. Assim, o dinheiro que Oxum representa, é um caminho para a alegria. E neste caminho, Oxum é mãe de gêmeos. A energia de Oxum pode, no entanto, ser facilmente ofendida. A alegria, em sua mais pura forma, não aceita as energias negativas da raiva, do ódio, do sarcasmo, pois isto interfere diretamente no fluxo da sua essência. Assim, quando outras energias podem ignorar essas coisas, a alegria de Oxum não pode ser corrompida de nenhuma forma. Se você a ofende e ela interrompe esse fluxo de alegria, você, dificilmente, conseguirá retornar às suas graças. Quando um indivíduo, ou sociedade vai além dos limites permitidos, repetidamente, a alegria se retirará e permanecerá inacessível a eles.
A expressão da alegria não é solitária. A alegria verdadeira precisa dos outros para se expressar.
Esta criação de Olorum nos permite ter acesso a alegria de viver. Naturalmente, a alegria não é uma satisfação egocêntrica. A verdadeira alegria vem da exaltação do que sentimos reconhecendo a beleza no ser amado, na nossa comunidade e no planeta em que vivemos.
No Haiti, Oxum é conhecida com Erzulie. Ela possui as mesmas características de Oxum, mas, as cores são diferentes. Oxum é a versão yorubana de Hathor, a deusa egípcia da música e do amor. Há muitas semelhanças entre as duas deusas. Da mesma forma, podemos associar Oxum com Nekhbet, protetora do parto e das mulheres grávidas, que, também, é um papel de Oxum. Seria Oxum o sincretismo das divindades egípcias Hathor e Nekhbet? A mim parece possível. Da mesma forma que Isis é associada com Yemanjá, a combinação de Hathor e Nekhbet foi feita, nos dando a nossa Oxum. Oxum, como Nakhbet, também é invocada quando existem mulheres em dificuldades com a gravidez ou com o parto. No entanto, temos de nos lembrar de outra divindade egípcia. Sekhmet. A deusa da morte que destrói o infiel. Oxum também tem seu lado vingativo. Quando é ofendida é capaz de matar enquanto sorri ao mesmo tempo. Mas, você não precisa se preocupar com a ira de Oxum se a tratar como a rainha que ela é!
Quan-Yin é a nossa Oxum chinesa. É representada vestida de amarelo, segurando um bebê em seus braços e é a protetora dos partos e mães, da mesma forma que Oxum na cultura afro-brasileira. Isso só aponta para a universalidade da religião antiga. Tudo está relacionado, até mesmo as diferentes divindades de diferentes culturas. Por isso, a atitude das práticas afro-brasileiras deve ser de tolerância. É perfeitamente correto praticar a religião africana e ao mesmo tempo ir à igreja todo o domingo. Mesmo sendo muçulmano, budista, judeu, hindu, pode-se praticar a religião africana. Como eu já mencionei em outras ocasiões: todos os deuses são manifestações do UM. Esse UM é o princípio criador, é o Indizível, aquele que está acima da nossa compreensão. É Olorum, Olodumaré. Os muçulmanos o chamam de Allah, os judeus de Ieve, os hindus de Vishnu.
Os orixás estão aqui para ajudar-nos em nossa vida diária, com nossos problemas de saúde, com nossa conexão com o sagrado.
Lakshmi é a divindade hindu da riqueza e da beleza. Sua filha, Kama, é a deusa do amor. Como Oxum, é a doadora de todas as coisas boas da vida.
Como disse antes, os orixás estão aqui para nos ajudar a manter nossa conexão com o sagrado.
Não se preocupam se você é preto ou branco, amarelo ou vermelho.
Mantenha viva a chama da alegria em sua alma e sempre estará conectado com a energia da "mãe Oxum".

Lendas e Histórias de Oxum


Arte da Advinhação

 Oxum sempre foi mulher vaidosa, bela e elegante ofuscava a todos com seu brilho vistoso. Uma coisa, porém fazia-lhe falta, queria muito saber sobre os mistérios de Ifá. Tinha sede do conhecimento dos oráculos, precisava conhecer o passado, presente e futuro, somente assim se sentiria realizada. Pensou bastante a respeito e resolveu procurar Exu, usou toda sua doçura e encanto para que ele lhe ensinasse os segredos. Exu sentiu-se atraído pela bela mulher, mas não era de entregar nada gratuitamente e lhe propôs um trato. Se ela ficasse junto dele por sete anos fazendo todos os serviços de sua casa, entregaria os mistérios que ela tanto desejava. Oxum aceitou e durante todo o tempo do trato, lavou, passou e cozinhou para Exu. No final do período tratado, Exu cumpriu o que havia prometido e liberou-a. A moça, entretanto havia se apaixonado e mesmo com os segredos em mãos preferiu continuar morando com ele. Assim viveram por muito tempo em perfeita harmonia. Um dia Oxum estava à beira de um rio cantando com maravilhosa voz enquanto penteava os cabelos. Xangô, que por ali passava, escondeu-se para ver de onde vinha tão maravilhosa melodia. Ao deparar-se com a beleza encantadora da bela mulher enamorou-se perdidamente. Impetuoso como sempre, foi até ela e declarou-se. Ela, porém, explicando sua condição de casada e feliz, recusou o amor que o homem dizia sentir. Tomado de fúria, não admitia ser contrariado, agarrou a mulher e levou-a para seu reino onde a trancafiou no alto de uma torre de onde somente sairia para unir-se a ele. Dias e noites sem fim se passaram e Oxum em sua masmorra apenas chorava em desespero. Enquanto isso, Exu vasculhava por todos os cantos do mundo a procura da mulher que aprendera a amar e respeitar. Quando já estava para desistir, resolveu descansar à sombra de uma árvore, quando ouviu um canto melancólico e reconheceu imediatamente a voz que tanto amava. Rapidamente subiu até a torre e tomou conhecimento de tudo que acontecera. Tentou de todas as formas tirá-la dali, mas Xangô havia sido previdente, usara de um artifício mágico que deixava a mulher presa dentro de um circulo e somente ele conseguiria libertá-la. Sentindo-se derrotado, Exu foi embora jurando que voltaria. Andou sorumbático pelos caminhos, a cabeça em turbilhão, quando se deparou com um velho que perguntou o porquê daquela tristeza. Onde estava a alegria tão comentada de Exu? Ele não teve forças para responder, apontou o alto da torre que se via ao longe. O velho era Orunmilá e não precisou de mais detalhes, apenas queria saber o tamanho do amor que unia aqueles dois e a resposta do rapaz foi o suficiente. Tirou um saquinho de sua vestimenta e entregou a ele recomendando que aspergisse seu conteúdo sobre Oxum. Cheio de alegria e esperança Exu voltou correndo à prisão de sua amada. Sem dizer nada apenas jogou sobre ela todo o pó que Orunmilá lhe dera. No mesmo instante Oxum transformou-se em uma linda pomba dourada e saiu voando direto para seu lar onde mais tarde se reencontraram e viveram felizes por muitos anos.

A fertilidade como recompensa
Diz a lenda que quando os Orixás chegaram à terra, organizaram reuniões onde mulheres não eram admitidas. Osun ficou aborrecida por ter sido posta de lado, por não poder participar de todas as decisões. Para se vingar, tornou as mulheres estéries e impediu que as atividades desenvolvidas pelos deuses chegassem a resultados favoráveis.
Desesperados, os Orixás dirigiram-se a Olodumaré e explicaram-lhe que as coisas íam mal sobre a terra, apesar das decisões que tomavam em suas assembléias. Olodumaré explicou-lhes então que, sem a presença de Osun e seu poder sobre a fecundidade, nenhum de seus empreendimentos poderia dar certo. De volta à terra, os Orixás convidaram Osun para participar de seus trabalhos, o que ela acabou aceitando, depois de muito lhe rogarem. Em seguida, as mulheres tornaram-se fecundas e todos os projetos obtiveram felizes resultados.
 
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